Maserati e o futuro
A Maserati tem necessidade de um modelo "porta bandeira" para se afirmar no mercado dos grandes desportivos, onde está balizada pelo muro criado pelos seus vizinhos de Maranello. A Maserati não pode competir com os Ferrari, está refém deste dogma no seio do Grupo FCA, mas também está limitada pela capacidade de produção.
A fábrica da Maserati tem limitações e se deixou de produzir o Alfa Romeo 8C Competizione, ainda é responsável pelos 4C, que nunca tiveram a expressão que poderiam ter porque nunca houve (nem há) unidades suficientes para colocar no mercado. É um caso em que a oferta está a anos-luz da (eventual) procura.
Esta situação também pode afectar a afirmação do SUV Levante, um modelo que tem todas as condições para ter sucesso, mas nada indica que haverá unidades suficientes para responder à procura. Mesmo assim, em Modena continua o trabalho e fala-se num novo coupé, realizado com base no Alfieri Concept, que poderá ser – ou não – o sucessor do GranTurismo, que está velho e cansado. Mas não nos podemos esquecer que a Maserati não pode prolongar muito mais a vida de modelos como o Quattroporte ou o Ghibli.
É um tarefa homérica para uma marca grande na sua imagem e tradição, mas pequeníssima na sua capacidade de produção.